quarta-feira, junho 10, 2009

Sempre pode haver mais...

Há momentos na vida da gente, pelo menos na minha é assim, em que nos surpreendemos com uma atualização em um determinado conhecimento que tínhamos (ou achávamos ter) por completo... como quando descobrimos uma funcionalidade no aparelho celular que nunca havíamos usado ou como quando reparamos em um novo detalhe fantástico no quadro que está há eras pendurado no corredor...

Assim também é com coisas mais subjetivas e nem sempre agradáveis, como quando nos decepcionamos com alguém que tínhamos em altíssima conta... ou como quando somos traídos... Esses momentos de reavaliação da abrangência do nosso saber sobre as coisas tem como consequência, na maioria das vezes, episódios de euforia e encantamento, mas podem também trazer frustração.

Entretanto não é de frustração que me preenchi nos últimos dias, com uma atualização fabulosa que recebi em um dos sentimentos mais básicos e ao mesmo tempo mais complicados nesse vaivém de risos e lágrimas que é nossa vida: o amor. E a atualização, simples alguns podem até dizer, é que sempre pode haver mais amor...

Exatamente isso... ainda que acreditemos que amamos até o limite (e amamos!) ainda assim pode haver mais...

Acabei de levar um susto com meu filho mais novo, Arthur Henrique, que com só um mês e meio de vida foi pilhado por uma gangue de vírus e bactérias de baixíssimo nível que acabou por levá-lo à UTI (onde estamos nesse momento, desde o dia 14/05, mas de onde já estamos para sair, graças a Deus!!! Ele está melhor!). Para quem é pai ou mãe, ou até mesmo para os que não são nem um nem outro, não preciso detalhar os níveis de preocupação que uma criança com tão pouca idade, passando por tanta coisa, causa na gente.

Pois é, mas do meio dessa tempestade, acabei me deparando com aquela atualização que citei acima... a do amor. Afinal, uma das funções principais, senão a principal, de uma tempestade como essa é nos fazer maiores, nos expandir como seres humanos... e eu, que há três anos assumi o compromisso de ser o melhor pai do mundo, certo de que amava meus filhos mais do que qualquer outra coisa nessa terra... me surpreendi que ainda havia mais amor que eu podia sentir... eu sei que pode ser estranho (afinal como se mede amor?) mas foi assim.

Eu tenho certeza que até ontem amava meus filhos até o limite do possível... mas de ontem para hoje, foi como se o possível tivesse se esticado e eu agora amo ainda mais!!! Não dá para traduzir muito isso para explicações, mas dá para sentir e acredito que todos podemos sentir... É só termos sempre em mente que, na verdade, sempre pode haver mais.

Sempre pode haver mais... e melhor. Sempre pode haver mais de um monte de coisas... amor, compaixão, carinho, calma, serenidade, paciência, vontade, comprometimento, esforço, felicidade..

Que vocês tenham muito mais de tudo que é bom!
PH